Finally! The Doors releases its new song after 40 years! I loved it, it's a good and old dancing blues about a woman w/ Jim showing his powerful voice <3
Listen to the song here.
The releasing of the song is part of the Year of the Doors, featuring also w/ a Deluxe Edition of L.A. Woman and the documentary "Mr. Mojo Risin': The Making of L.A. Woman".
Mostrando postagens com marcador L. A. Woman. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador L. A. Woman. Mostrar todas as postagens
segunda-feira, 9 de janeiro de 2012
quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
"The Doors: Mr. Mojo Risin' - the Making Of L. A. Woman" screening at Egyptian Theatre (L. A.)
The new documentary about The Doors will be released at the Egyptian Theatre. The new work on Doors focus on the "birth" of the last album of the group released in the year of Jim Morrison's death.
More informations about the documentary:
Trailer:
More informations about the documentary:
THE DOORS MR. MOJO RISIN': THE MAKING OF L.A. WOMAN 2011, Eagle Rock Entertainment, 94 min, USA, Featuring all-new interviews with the three surviving members of the Doors, Ray Manzarek, Robbie Krieger and John Densmore, plus contributions from Elektra Records founder Jac Holzman, Doors manager Bill Siddons and music producer Bruce Botnick, this timely documentary - released in 2011 for both the anniversaries of Jim Morrison's death and the band's final album with Morrison - chronicles the making, recording and band-member dynamic during the production of L.A. Woman. Includes archival footage of the Doors performing both live and in the studio, classic photographs and new musical demonstrations from the band.
Trailer:
Marcadores:
Bobby Krieger,
documentary,
Jim Morrison,
John Desmonre,
L. A. Woman,
Mr. Mojo Risin' - the Making of L. A. Woman,
Ray Manzarek,
The Doors
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
Hyacinth House - o canto do cisne
O canto do cisne
Bom, acabei de ouvir o L.A. Woman completo pela primeira vez. Eu nunca tinha ouvido tudo, apenas o single. Na verdade, isso é o fruto de um bloqueio com o álbum derivado da idéia de que o álbum seria um prelúdio da morte do Jim. Isso me entristecia muito.
Mas é claro que Doors é Doors e o álbum é simplesmente uma pérola preciosa. É uma obra-prima! É genial, sexual, sensual, metafórico/alegórico e intimista. Amei todas as músicas.
É engraçado como a mudança na voz de Jim - causada provavelmente por drogas, álcool e a própria idade - não me desagradou. Ao contrário, me encantou. Jim está com uma voz masculina e madura, a voz perfeita para um cantor de blues.
Aliás, é a batida do blues que predomina no álbum, unanimamente. É encantador, deu uma certa liberdade aos vocais do Jim, embora tenha uniformizado os meninos (Robby, Ray e John), por permanecer no mesmo ritmo.
Entre todas as faixas, Hyacinth House me encantou. Com meu entendimento de inglês - que gosto de acreditar é algo medianamente bom - eu logo percebi o caráter confessional e triste da canção. É uma música de letra relativamente simples, mas extremamente bela. Você sente que é algo tirado da alma.
O começo - com a voz melódica, mas infinitamente triste de Jim - é assim:
What are they doing in the Hyacinth House?
What are they doing in the Hyacinth House?
To please the lions in this day
Essas linhas são muito metafóricas. Soa como se o eu-lírico (Morrison) estivesse deslocado, isolado de algo (What are they doing in the Hyacinth House?). A casa de Hyacinth seria o lugar onde a vida pulsa, onde ela se concentra, mas mais do que isso é um lugar que exige sacríficios para que se possa viver nele (To please the lions in this day).
I need a brand new friend who doesn't bother me
I need a brand new friend who doesn't trouble me
I need someone and who doesn't need me
Eu não sei se foi o Jim quem compôs essa música, mas sinto que sim. Posso estar errada. Mas esses versos soam claramente como dois pontos na vida dele; o desentendimento com a banda (I need a brand new friend who doesn't bother me) já que desde o The Soft Parade (1969) os integrantes tinham divergência. O segundo ponto parece falar sobre as companhias que eram viciadas em drogas e que tinham alguma influência no uso de Jim - Pamela Courson, dentre essas pessoas - "I need a brand new friend who doesn't trouble me".
I see the bathroom is clear
I think that somebody's near
I'm sure that someone is following me, oh yeah
Aqui parece que o eu-lírico adentrou a casa de Hyacinth, escondido, parando para observar os detalhes efemêros que constituem qualquer morada (I see the bathroom is clear/I think that somebody's near). O verso "I'm sure that someone is following me" é ambiguo - para mim, pelo menos. Pode indicar que alguém o está seguindo dentro da casa, mas parece ter um sentido mais profundo. O ano de 1971 foi o ano de morte de Jim. Como um dos poemas dele - Bird of Prey - me fez suspeitar que o Jim suspeitou da chegada da própria morte. Na verdade, o Jim tinha um certo fatalismo inerente a essas almas intensas, cheias de demônios próprios e sensíveis para quem a existência parece por demais limitada, fazendo-as assim sempre procurar atravessar o véu da matéria, que nós, sãos e covardes, tememos.
Segue a música:
Why did you throw the Jack of Hearts away?
Why did you throw the Jack of Hearts away?
It was the only card in the deck that I had left to play
Why did you throw the Jack of Hearts away?
It was the only card in the deck that I had left to play
Essa parte é extremamente simbólica! Ao pesquisar o significado do Jack of Hearts, carta do tarô, que equivale em português ao Valete de Copas, descobri que ele indica "amor" e "romantismo", mas de uma forma ligada a "obsessão", "crises emocionais" e "relacionamentos íntimos". Ou seja, é uma carta sensualista, uma carta intimamente ligada a vida. Na música o eu-lírico diz "Why did you throw the Jack of Hearts away?/ It was the only card in the deck that I had left to play", indicando que tudo o que lhe restava, após uma longa jornada, era um fiapo vida para jogar (left to play).Isso combina perfeitamente com a vida de Jim; que fora perseguido pela justiça dos EUA ante da gravação de L.A. Woman e decidiu se auto-exilar em Paris, para morrer lá em julho de 1971. Esse trecho pra mim é a parte mais melancólica da música, a grande e subliminar despedida de Jim de sua vida como rockstar e vocalista do The Doors.
And I'll say it again, I need a brand new friend
And I'll say it again, I need a brand new friend
And I'll say it again, I need a brand new friend, the end
And I'll say it again, I need a brand new friend
And I'll say it again, I need a brand new friend, the end
O canto do cisne se encerra com o clamor contínuo de alguém que precisa ser entendido. De alguém que precisa de amigos novos. De alguém que sabia que o Valete de Copas estava fora do baralho dessa cigana nomâde chamada Vida.
God bless ya, Jim.
Marcadores:
1971,
Hyacinth House,
Jim Morrison,
John Desmore,
L. A. Woman,
Letra,
Lyrics,
Poesia,
Ray Manzarek,
Robby Krieger,
Rock,
The Doors,
tradução
Assinar:
Postagens (Atom)